Tom: G
Introdução:
G
Mestiço matuto, sou bicho do mato
D
Conheço o bom prato sentindo o cheiro
Se faço picada abrindo caminhos
G
Eu sigo meu mapa andando em trieiros
Sei quando o sol nasce quando a lua vai
G7 C
A sombra do imgá é a minha cartola
G
Vejo nuvens brancas de bois no banhado
D
E o verde mergulha no espelho alagado
C D G C G
Que o verão espalha e depois vai embora
D
Ninguém imagina que um terremoto
C
É o grito da terra gemendo de dor
G D
Das bombas que caem plantando o medo
C G
Da fumaça que sobe em forma de flor
D
Ninguém imagina que o coração
C
É a chave que abre a porta do céu
G D
E as águas revoltas desse tssuname
C D G C G
É só uma lágrima dos olhos de deus
G
Não gosto de ver fumegando a queimada
D
Tirando a morada de quem tem direito
São aves que perdem seus ninhos nos galhos
G
E a onça é churrasco de pé no braseiro
Tatus, siriemas, macacos e araras
G7 C
Antas, capivaras e até bacurau
G
Pinhé, beija ? flor, maritaca e bandeira
D
Coruja, anú, curiando e vespeira
C D G C G
São reus inocentes nas mãos desse animal
(refrão)
G
Sou bicho mato sou só criatura
D
Não sei se a cultura me fez ser mais gente
Não sei se as letras mudaram meu sentido
G
Se fiquei mais burro ou um sábio indecente
Ás vezes eu acho palavras bonitas
G7 C
Mas nada explicam se falam de guerra
G
Não sei se o mais forte é o mais fraco que lê
D
Ou forte é o fraco que finge não vê
C D G C G
Que a faca da gana estilha a terra
(refrão 2x)