Tom: D
Introdução:
C F C F G
Olha lá o meu pai, com as mãos calejadas, perdendo o resto de vida no cabo da enxada.
F G C
Eu não queria que fosse assim, pra mim seria tudo diferente.
G F C
Queria ter meu pai na cidade morando alegre junto da gente.
G C
De que vale ter diploma, ter conforto, ter de tudo.
G F C
Se eu não posso ter em casa, ele que me pos no mundo.
G C G
Estudei por tantos anos, para tira-lo daqui, meu esforço foi em vão,
F C F C
Porque ele não quer ir.
C F C
Quando é de madrugada, que o dia vem chegando,
C F G F
Ele escuta seu despertador no poleiro cantando, ele chama seu melhor amigo,
G C
Que sai correndo e latindo na frente.
G F C
E vem pro trabalho pesado, aqui debaixo deste sol ardente.
G F C
Nesse carro eu me vejo, bem vestido e perfumado
G F C
Sofro tanto vendo ele de suor todo molhado.
G C
Olha a condução do velho, numa corda amarrada
G F C
Olha a geladeira dele, lá na sombra encostada.
C F C
Quando é de tardezinha vai pra sua casinha,
C F G
Comer seu feijão com arroz, feito no fogão há lenha.
F G C
E na sua poltrona de angico, ele vai sentar comovido
G F C
E na tela maior do mundo ele contempla seu filme preferido.
G F C
Na televisão do velho, não tem filmes de bandidos,
G F C
Não tem filmes policiais e nem filmes proibidos.
G C F C
No canal do infinito, sua TV é ligada, só aparecem as estrelas e a lua prateada.
D
Olha lá o meu pai...