Tom: B
Introdução: E B7
E B7 A B7
Do que o boiadeiro gosta em sua longa jornada
A E B7 E
É sentir poeira no rosto - o pó-de-arroz da estrada
B7 A E
Sentir cheiro de gado, que traz o vento da tarde
A B7 E
Qual o perfume mais caro, dos ricaços da cidade.
E B7 A B7
Do que o boiadeiro gosta é um som sentimental
A E B7 E
Do berrante que virou instrumento musical
E B7 A B7
Em muitos discos que ouve no final de uma canção
A B7 E
O berrante repicando como um grito no sertão.
E B7 A B7
Do que o boiadeiro gosta é dormir sobre o baixeiro
A E B7 E
Tendo o céu por cobertor e o capim por travesseiro
E B7 A B7
No grande quarto da noite, a grama verde é colchão
A B7 E
No telhado do infinito o luar é seu lampião.
E B7 A B7
Do que o boiadeiro gosta é nas tardes de mormaço
A E B7 E
Fazer um boi pantaneiro rolar na ponta do laço
E B7 A B7
Do que o boiadeiro gosta é ouvir pelas pousadas
A B7 E
Os peões contando casos de estouros de boiadas.
E B7 A B7
Do que o boiadeiro gosta é ver a branca neblina
A E B7 E
Que se forma nas baixadas e sobe pelas colinas
E B7 A B7
A onde a boiada dorme dos espigões às encostas
A B7 E
Gostoso é também gostar do que o boiadeiro gosta.