Tom: G
Introdução:
Am C
Eu sei que vivo escondido em algum lugar
G Am
Mas é você que nunca sei se está, nem onde está
Am C
Sou remetente invisível e meio incapaz
G Am
Pra esse teatro que nem ligo mais, e tanto faz
Am C
Pra que seguir as horas se elas nunca param?
G Am
Por que insistes tanto em demorar, demorar?
Am C
Já me disseram que as almas gêmeas se ouvem
G Am
Mas nunca deram chances pra falar, e sem falar
Am C G
Eu perco tudo o que posso ser, o que posso ter,
Am C G Am
Destinatário improvável dentro do meu ser
Am C
Se me ouvires quando leres os teus versos,
G Am C
Corpos submersos em águas de um pobre rio sem direção
G Am
É contradição, perfeita imperfeição
Am C
Quando eu amar já não será com palavras
G Am
Já não será com promessas
C
Já não será como um quebra-cabeça
G Am
Em que se finge ter a última peça
Am C
Já não iremos criar nomes, criar cores
G Am
Disfarçar as dores e fingir-se em luz
C
É preciso lembrar onde estamos
G
Para que não sejamos apenas
D Em
Corpos nus e frases decoradas
G A
Que profiram em vão, palavras sem ter noção
D Em
Meia-luz e roupas decotadas
G A
Que pratiquem então o medo da solidão.