Tom: B
Introdução:
Eb Bb7 Eb
"Mate galpão madrugada, a estrela guia nascendo,
E o fogo manso aquecendo um guitarreiro ancestral,
Eb Bb7 Eb
Esporas acordam cedo os laços voltam aos tentos
Ab Bb7 Eb
Incomparáveis momentos neste rincão de mi flor
Ab Bb7 Gm7 C7
O gado no parador dispersa ao tranco por lote
Fm7 Bb7 Eb Bb7
E um potro verga o cogote pateando no maneador
Eb Bb7 Eb
Na costa a sombra espichada dos santa fés acordando
Ab Bb7 Eb
Pelos de lontra brilhando nas barrancas da lagoa
Ab Bb7 Gm7 C7
E assim a vida encordoa sobre o lombo da manhã
Fm7 Bb7 Eb Eb7
Enquanto um grito tajã pelo varzedo ressonga
Ab Bb7 Eb
Picadas de contrabando adoçadas de pitanga
Bb7 Eb
Os matos costeando sangas rastro de sorro na areia
Ab Bb7 Eb
Junto as ressacas das cheias ossamentas encalhadas
Bb7 Eb
De alguma rês atolada numa cruzada mais cheia
Ab Eb Bb7 Eb
"Esses campos me conhecem de outros tempos vividos
Quando vibravam sonidos do bombo índio chamando
Eb Bb7 Eb
Cada estância fronteiriça é um fortim de liberdade
Ab Bb7 Eb
De pátria e dignidade que o mundo reconheceu
Ab Bb7 Gm7 C7
Quando o Rio Grande nasceu eu já andava a cavalo
Fm7 Bb7 Eb Bb7
Suando contra um vassalo que quis tomar o que é meu
Eb Bb7 Eb
Por isso as vozes que ouço de tempos imemoriais
Ab Bb7 Eb
São mensagens fraternais pra quem renasceu agora
Ab Bb7 Gm7 C7
Por isso minha alma aflora em cada coisa que penso
Fm7 Bb7 Eb Eb7
E deixa um rastro de incenso pra exalar campo a fora
Ab Bb7 Eb
E permaneço gaúcho porque a essência perdura
Bb7 Eb
Templa rude alma pura que a história conhece a fundo
Ab Bb7 Eb
Mesmo pequeno e inundo de imperfeições deste plano
Bb7 Eb
Eu me sinto o ser humano mais genuíno do mundo
Bb7 Eb
Mas genuíno do mundo