Tom: C
Introdução:
C
Sopra um vento beliscando algum topete, bem copado
C G7
Desses tantos, que balançam pelos junhos orvalhados
Dm G7
Numa trança o resquício de uma crinera é colgado
F G7
Onde as fugas e escoraços de algum lombo fez costado
C
Manhaneira é a sanga escorrendo pelas pedras
C G7
Casco sujo, de uma potra, tinge a água que ainda gela
Dm G7
E a quietude que afronta o canto livre dos pelinchos
F G7
Também morre na manada aos chamados em relinchos
Dm
Alvorada de saudade treme um peito alma tristonha
G7 C G7
Que soluça vendo os olhos da manhãzita risonha
Dm
Acordando mostra ao mundo, o simplório na essência
G7 C
Onde o couro se arrepia nessa manhã de querência
C
De alma gêmea e semblante tão notório, vejo as duas
C G7
Margaridas que resistem , trazem no centro a ternura
Dm G7
Do amarelo que ofusca junto ao sol que apadrinha
F G7
E uma abelha passageira que é serviçal de rainha
C
Vejo assim, um céu azul feito um bordado de sonhos
C G7
Quando a mirada boceja, acordando o dia no campo
Dm G7
Por andarilho meu coração “silba” as dores congeladas
F G7
Pois tenho tudo em minha frente mesmo assim não tenho nada
Dm
Alvorada de saudade treme um peito alma tristonha
G7 C G7
Ao contraponto inspirado a uma rima que se exponha
Dm
Num poema manhaneiro que me faz voltar guri
G7 C
Pelas voltas sou povoeiro mas recordo o que vivi