Tom: E
Introdução:
F E7 Am
Quem te batizou milonga, decerto foi algum monge
C Dm E7 Dm
Que escutou de muito longe o teu murmúrio de sanga
E7 Am
Ou quem sabe alguma changa, dormideira nos arreios
Dm C E7 Am
Dessas que fazem ponteios com unhas de japecanga
Dm G7 C F E7 Am E7
Dessas que fazem ponteios com unhas de japecanga
Am E7 Am
Ou quem sabe algum sorsal, de topete colorado
Dm E7 Am
Num prelúdio abarbarado das canas do taquaral
Dm C E7 Am
Talvez quem sabe um bagual corcoveando num repecho
Dm C E7 Am
Floreando as cordas do queixo nas pontas do pastiçal
F E7 Am
Brasileira, castelhana, milonga ronco de mate
E7 Dm C E7 Am
Tu nasceste do embate da velha saga pampeana
E7 Am
Espanhola, lusitana, entre patriadas e domas
E7 Dm C E7 Am
Sem divisas, sem diplomas, cursando o mesmo dialeto
F Dm6 Am
Porque o vento analfabeto fala em todos idiomas
Int.
F E7 Am
Quem sabe talvez a lança, riscando a primeira linha
C Dm E7
Quando a adaga se embainha, cadenciava uma romanza
Dm E7 Am Dm
Ou talvez a vaca mansa, dentro da várzea perdida
C E7 Am
Na ternura enrouquecida, feito instinto e lamento
Dm G7 C F E7 Am E7
Anunciando o nascimento da cria recém lambida
Am E7 Am
Por isso em qualquer fronteira, no esboço da lonjura
Dm E7 Am
És a mais linda mistura da nobre estirpe campeira
Dm C E7 Am
Fidalga e aventureira, com geografia na cara
Dm C E7 Am
Passaporte tapejara, no caminho dos andejos
Dm C E7 Am
Reculutando solfejos que uma linha não separa
F E7 Am
Alma de pampa e semente que nasceu nos dois costados
E7 Dm C E7 Am
Herança dos mal domados que formaram nossa gente
E7 Am
O passado e o presente e o futuro dimensionas
E7 Dm C E7 Am
Nas primas e nas bordonas do garrão do continente
Dm G7 C F Dm6 E7 Am
Nas primas e nas bordonas do garrão do continente
Dm G7 C F Dm6 E7 Am
Nas primas e nas bordonas do garrão do continente