Tom: D
Introdução:
D A7
Aqui me ponho a cantar ao compasso da guitarra
D
Que o índio que se desgarra nunca mais pode parar
A7
Viver é contrapontear na tristeza onde se atola
D
Sem jamais pedir esmola, nem carinho nem perdão
Bm F A7 D
Pois abrindo o coração é que o guasca se consola
Int.
A7
De adonde venho – respondo, sou da pampa e do varzedo
D
Guri criado sem medo de cobra de marimbondo
A7
Eu sei que o mundo é redondo no seu arrodear sem fim
D
Índio pobre e mesmo assim me alimento com meu canto
Bm F A7 D
Tantos são donos de tanto ninguém é dono de mim
Int.
A7
Enquanto houver um paisano que pondeie uma guitarra
D
Enquanto houver uma garra no lombo dum orelhano
A7
Enquanto houver um pampeano guardando o sagrado estilo
D
Eu hei de seguir tranqüilo, sem galopear – não me apuro
Bm F A7 D
Porque quanto mais escuro mais claro é o canto do grilo
Int.
A7
E quando me for indiada não quero mágoa nem choro
D
Não vai fazer falta um touro, há tantos nessa invernada
A7
Um – Deus te salve! Mais nada, quando souberem: morreu
D
Já podem saber - que eu que esbanjei tantos carinhos
Bm F A7 D
Ando a campear nos caminhos o que eu quis ser e não deu!
Int.