Letra de
Verônica

Quanto tempo ainda tenho?
Quantos passos a errar?
Há tantas pedras no caminho,
Cerveja e bossa nova no bar.
Sexta-feira tenho folga,
Sábado eu vou viajar.
Na TV, uma comédia,
Tá fora do ar.
Somos indigentes revoltados,
Somos esqueletos comunistas
Fazendo greve no cemitério,
Boicotando Sepultura!
E a cura que eu procuro
Não se encontra em lugar nenhum,
Só se encontra além
Da zona Zen.
Ah, minh'alma sangra,
O caminho é longo mas
Verônica não vem enxugar meu rosto.
Ah, Verônica!
Todos os homens de concreto
E as mulheres de algodão,
Com suas vidas sem sentido,
Seus problemas sem solução.
Manchas de sangue na toalha,
Corpos jogados ao chão.
Tanta dor, tanta tristeza,
Faz das tripas, coração.
As lágrimas que caem são sinais de agonia,
São sinais do meu amor, são mentiras, são vazias.
Prisioneiros em fulga, verdade incidente.
Eu preciso de ajuda, mas prefiro acreditar
Que o Céu
Não é mera ilusão
As palavras se repetem,
Mas a vida, infelizmente não, ou feliz mente não.
Não chore por mim, nem chore por ninguém.
Sei que não deixei de te amar,
Mas as palavras perderam seu valor.
Não adianta mais a gente tentar,
A vida é uma fábula sem fim.
Vamos deixar a emoção falar,
Deixe a vida rolar, deixe os problemas pra trás.
Quero sentir a tua pele,
Quero beijar teu corpo inteiro,
Quero toda liberdade que existe em você,
Eu quero viver.
Ah, minh'alma sangra,
O caminho é longo mas
Verônica não vem enxugar meu rosto.
Ah, Verônica!