Letra de
Uma Trolha D'Areosa

Arménio era um trolha da areosa
Que tinha um par de olhinhos azuis
Que quando me fixavam no baile
Me punham indefesa e tão nervosa
Arménio tenho nas minhas gavetas
Aerogramas cheios de erros de ortografia
Perfumados entre as minhas meias pretas
Aquelas que te punham em estado de euforia
Arménio fui tua madrinha de guerra
Rezei por ti longas novenas sem fim
Para voltares inteirínho e sem mazelas
Mas ficaste por lá tão perdido no capim
Arménio quantos sonhos e planos
Prometeste que me levavas a lisboa
Em junho no dia dos meus anos
Bem sabes que a memória é um atributo dos gémeos