Vejo n'aquela gente o desafeto do povo
que desatinado se refugia na primeira religião
que o aliciou,vejo em seu semblante o temor
Vejo o desespero em seu rosto,vejo a esperança
latente,vejo a redenção,vejo no coração do meu povo
N'aquela gente de olhar encovado,rosto seco,corpo
minguado,que tem dentro da fragilidade,a coragem
enrustida na dor
A terra bebe a água e fecunda em suas entranhas o
Homem tira tudo dela e barganha,ela tudo pári,mas
não repare nos versos prosáicos do modesto cantador
Ó seu moço do sul,que saudade da terra,do cheiro do
gado,da gente amistosa, e da cantoria que o mestre
Vital farias,fazia ali
Olha menina,o tempo,olhar fincado na solidão
esperando alguém que nunca vem,nunca vem
Acorda e levanta,mulher,ageita minha roupa,prepara
o café,vou levantar bem cedo,encaleijar as mãos,vou
labutar o pão,a vida tem que continuar.