Letra de
Um Canto Pra Feira

No chão do sertão,
Nas calçadas roubadas, a cidade se arma, alguns poucos se fartam (2x)
No guri de pele, osso, fome, coca
Cola, tiro e dor
Na cor do sangue, a cor da pele e até na pele sem cor
O sangue ralo é da ralé
Meus olhos acostumaram a ver a minha imagem refletida
A minha sombra sai de mim quando o sol sai de cena e queima,
Como nunca a cidade que não é minha
Incrível, mas os teus donos não são os teus filhos
Os da Feira choram e esmolam enquanto os outros sugam nas tetas divinas