Num corredor destes tantos
Eu cruzei com a chamarrita
Tranqueava um pingo
Tranqueava um pingo os amores
E lindas éguas coplitas
Trouxe aos olhos um a um
E resmunguei num sorriso
Eu faço um sinal da cruz
Digo o nome te batizo
Digo o nome te batizo
Me empessei pela madrinha
De outro jeito não seria
Pela imponência que tinha
Sinal da cruz poesia
Sem sair do seu costado
Outra potranca se via
Dai o seu batizado
Sinal da cruz, melodia
(Chamarrita vai por diante
Vai por diante chamarrita
Pra explicar teu batizado
Nada mais se necessita)
Mais atrás seguia um zaino
Queimado e tranqueador
Que lembrava
Que lembrava os dourrelhanos
Sinal da cruz cantador
Num passo alegre garboso
Corpo leviano e esguio
Ou um potro bobo e curioso
Sinal da cruz assobio
Sinal da cruz assobio
Logo um sorriso se abriu
Por uma zana gaviona
Vendo seu tranco macio
Sinal da cruz a cordeona
Pro fim a égua mais linda
Desce amostrar pelas farra
Por sorte faltava ainda
Sinal da cruz a guitarra
(Coplas e amores tranqueando
Numa mesma chamarrita
(Chamarrita vai por diante
Vai por diante chamarrita
Pra explicar teu batizado
Nada mais se necessita
Pra explicar teu batizado
Nada mais se necessita)