Letra de
Todo Mundo Odeia Acústico

No dia em que o mundo perder a cor
Talvez você entenda a verdade
No dia em que tudo perder o valor
Talvez cê me diga, me diga
O que é saudade
Sem que alguém lhe culpe
Ou que alguém lhe julgue
Eu vi a inveja comprar o homem
Pro homem comprar algo inútil
Chega a ser cômico, ilógico
Vê que cê pode ser o próximo
Números de um código
Me diz, por que o ser humano é tão tóxico?
Eu já me cansei dos meus próprios porquês
Amar, amei; doeu e hoje eu vim queimar buquês
Fazer valer o sentimento
Não fora, procure dentro
É essa intolerância que ainda vai matar vocês
Vai vendo, nem tudo o vento leva
Eu não tenho preço
Eu só tenho pressa e eu sou o mesmo
Esse é o fim dessa conversa e cê me vê
Mas seu preconceito num te deixa enxergar
Luz, vi pelo espelho o raiar do dia
Sem sombra de dúvidas, o Sol é pra quem vive a vida
Amor, amor, amor
Nesse final de semana
Vamo ficar em casa, só eu e você
Amor, amor, amor
Eu, Maria e Joana
Quem sabe só assim pra eu te esquecer
Amor, amor, amor
Nesse final de semana
Vamo ficar em casa, só eu e você
Amor, amor, amor
Eu, Maria e Joana
Quem sabe só assim pra eu te esquecer
Eles são coisas estranhas, vivem num mundo invertido
Burocrata pra agir como bandido
Se eu tivesse um Death Note, colocaria vários nomes
Pra fuder também quem nos deixar fudido (diz)
Liberto como Django Livre
A revolta da chibata mais Favela Vive
Proibido proibir, falar de racismo
Mimimi é de quem chama de vitimismo
O tiro que mata, mira no alvo certo
Nem tudo que é escravo, é liberto
Inimigo é de graça, da porta não passa
Santa protetora tá sempre por perto dando proteção
Para que os inimigo não venham entrar na nossa direção
Nós estamos de olho em cada movimento da oposição
Continua fluindo positivamente na nossa canção
(Não tenta, não, só pega a visão)
Prefiro estar com ela, num rolé à beira-mar
Na carreta muito louco, ouvindo Anderson Paak
Eu sei que é muito foda, nosso barulho incomoda
Isso é coisa preto, na visão de Willian Waack
Choveu semente e cresceu uma planta
Isso tudo fez chover polícia
Encheram um ônibus só com os mais bronca
Fecharam mentes jovens, avenidas
Comunismo já morreu faz tempo
No cimento da casa da Frida
E o Diego morreu por dinheiro
Com a veia entupida, porque a morte é viva
O que sobrou pra quem só faz poema?
Acho que isso às vezes vale a pena
Ser a vida, ser alternativa
Pr'uma nova vida e tentar ser apenas
Ser a cena, ser a sua novela
Ser a cera, será mesmo cela?
Preso a ela, sério mesmo, a vera
Destruir o inverno tipo primavera
Ganja girl, eu tava com saudade
Você lembra bem daquele dia
Eles nunca viram essa magia
Imagina a cara deles, linda
Aquelas cores e aquelas coisas
E lembra muito donde eu conhecia
Seus olhos brilham toda vez que eu olho
Faz até o ouro ser bijuteria
Me dá calor, que eu sou hipotermia
Eu sou Alaska, você já sabia
Eu sei, tá lindo o quanto a gente tem
Mas eu nunca esqueço o quanto a gente tinha
Filma isso, porque o clima é isso aqui que a gente cria
Faz piada, faça pouco caso
Faça algo, só num banaliza
Acaba logo com essa monarquia
E legaliza, o verde-oliva
Engana o mundo, mano
Leva tudo, mano
Estraga o ser humano
Só num rouba a brisa
Ela me chamou pro luau, mas eu odeio acústico
Me disseram pra abstrair só dá uns puxo, pô
Me dei ao luxo, ô, de não levá-la pra cama
Talvez por isso ela volte, até hoje, toda semana
Irmão, lá vem ela, descendo a ladeira
Se deita na cama, eu desço a madeira
Emoção, preocupada com o beijo da fera
Razão, se preocupa com o preço da feira
Quer a sorte de um amor tranquilo
A mordida do gosto da pera, pera
Te conheço de outras vidas
Eu tenho sete, é que eu sou um gato
Ela diz que se o jogo virar
Vou tá cheio de grana e mulher pra me dar
Já virou há um tempo, amor
E eu tô cheio conta e um menor pra criar
Eu tô cheio de ponta e o pior pra fumar, ó
Álcool, sexo, sono
Somos um quando damos a mão
Levei umas mina pra cama que só o sono leva
Eu durmo com a peça do lado, eu tenho sono leve
Se o proceder me chama, digo que não me espere
O sexo foi longo, o nosso amor foi breve
Ô nanana, ô nanana
Meu vício é correr atrás de tudo aquilo que acredito
Então vê se me esquece, é
Ô nanana, eu vou te falar
Geografia da vida, lógica do morro
Sempre que um sobe, outro desce
Falar de paz, nem se for pras paredes
Já que até elas tomaram tiro
A angústia do artista que se arrisca
É saber que só o fútil interessa
Que eu não seja mais um adereço
Se lembrar, escreve, me endereça
Abre seu peito e vê se me escuta
Eu te amo, sua filha da puta
Às vezes me deito na Lua
Imagino ser superstar
Daqui observo minha rua
E a mema vontade de poder voar
Quem dera eu encontrar um par de asas
E sair por aí sem direção
Quem dera eu não precisar usar palavras
Pra explicar o que tenho em meu coração
Não, não vou desistir
Sei quem sou e, hoje, vão nos chamar de loucos
Não vou desistir
Sei quem sou e, hoje, o chão é muito pouco
Hoje essa rua é minha
Nunca perguntei se seria
E mesmo se ela não fosse
Eu ia lá trilhar
Descalça, caminho nas nuvens
Nem sinto falta de sapatos
Se eu chamar, a chuva vem
Chegando a destino das luzes
A neblina embaça meus passos
É a hora que os falsos vêm
Mas não me veem
Adeus à Lua guia
Ó Deus, a rua é suja
Adeus quem me iludia
Amém ao meu refúgio
Adeus à Lua guia
Ó Deus, a rua é sua
Sincera rebeldia
Deixe-nos a sós
Identifico a verdade pelos olhos
Sugiro que o faça
Hipócritas, dispenso
Eu adoro quando tudo isso passa
Não deixe de sorrir, eu imploro
Eu nem saio de casa
Faz um tempo que não choro
Em quase tudo eu vejo graça
Woman no cry, fire babylon
Deus é pai, me dê sua mão
Me abraça, amor, pode ser a solução
Tão simples, eu fiz
Da parte triste a diversão
E tudo foi mais simples, eu quis
Transformei tudo num som
Lavei o rosto, eu sou guerreiro
Zero a zero, eu quero o mundo todo
E no mundo novo fazer um passeio
Ame seus familiares
Diga que os ama apesar de tudo
Vamos a novos lugares
Novos ares, é um absurdo
A vida é um refrão, um refrão, cantemos juntos
Cada um com o seu jeito, seu tom, o resto é lucro
Eu nunca entrei num avião
E eu nem preciso
Realmente sou gavião
E eu tenho o Paraíso