Meu sinhô, minha sinhora
Me pediram pra deixar de lado toda a tristeza
Prometeram que seu cantasse feliz, agradava com certeza.
Eu, que não posso enganar, misturo tudo o que vivo.
Canto sem competidor, partindo da natureza do lugar onde nasci.
Faço versos com clareza: A rima, belo e tristeza
Não separo dor de amor.
Deixo claro que a firmeza do meu canto Vem da certeza que tenho
De que o poder que cresce sobre a pobreza
E faz dos fracos riqueza Foi que me fez cantador.
(mais rápido )
Meu sinhô, minha sinhora
Vou indo esse mundo a fora
Num canto que é tão valente,
E mesmo se está contente
Fala sempre, a toda hora,
Quase num tom de quem chora
Eu sou de uma terra plana
De um céu fundo e um mar bem largo
Preciso de um canto longo
Pra explicar tudo o que digo
Pra nunca faltar comigo
E lhe dar tudo o que trago.
(Recitando/lento)
Aos pés de muitas igrejas
Lá você vai encontrar
Esperança e caridade,
Querendo se organizar.
E os cegos pedindo esmola
E a terra inteira a rezar.
(Mais rápido )
Se um dia eu lhe enfrentar,
Não se assuste, capitão,
Só atiro pra matar
E nunca maltrato não.
Na frente da minha mira não há dor nem solidão.
E não passo por um castigo que a Deus
Cabe castigar
E se não castiga ele,
Não quero eu seu lugar.
Apenas atiro certo,
Na vida que é dirigida
Pra minha vida tirar