Dentro do oco do vazio da vasilha
Tem um caroço de ervilha e muito espanta quanto brilha
Alumiando o candeeiro, alumiando o candeeiro
Quando o caboclo é ligeiro no gatilho
bota fogo no rastilho, não tem reza nem concílio
É assunto pra coveiro, é assunto pra coveiro
Eu fico rouco de cantar o estribilho
Esse coco segue o trilho, se eu tropeço descarrilho
E só engato de primeiro, e só engato de primeiro
Mas se a coisa tá pegando engrosso a vista
Que eu já fui monge budista, protestante adventista
Hoje sou baba de terreiro, hoje sou baba de terreiro
Eu ficou louco quando peço e me humilho
Então furto roubo e pilho e se eu ando maltrapilho
Não é por falta de dinheiro, não é por falta de dinheiro
Quando invoco meu olho fica vermelho
Não aceito mais conselho, velhaco como coelho
Estou em armas de guerreiro, estou em armas de guerreiro
Em Gongo Sôco fui imperador caudilho
Hoje o solo que ladrilho são as notas que dedilho
O coração é violeiro, o coração é violeiro
Mas se a coisa tá pegando engrosso a vista
Que eu já fui monge budista, protestante adventista
Hoje sou baba de terreiro, hoje sou baba de terreiro
Cada esgoto correndo na sua manilha
O louco com sua mania, os lobos sempre em matilha
Usando pele de cordeiro, usando pele de cordeiro
O coalho da mandioca dá o polvilho
Soca o alho com tomilho da casca do amarilho
Cavalo de pau inteiro, cavalo de pau inteiro
Como sorôco, sua mãe e sua filha
Dá um sufoco e maravilha, lambe a baba da novilha
E chupa o chifre do carneiro, e chupa o chifre do carneiro
Mas se a coisa tá pegando engrosso a vista
Que eu já fui monge budista, protestante adventista
Hoje sou baba de terreiro, hoje sou baba de terreiro