Letra de
Som de Prata

Nasceu no Rio de Janeiro
Dia do santo guerreiro
Naquele tempo que passou
Foi o maior mestre do choro
Tinha um coração de ouro
E que bom compositor.
Foi carinhoso e foi ingênuo
E na roda dos boêmios
Sua flauta era rainha
E em samba, choro e serenata
Como era doce o som de prata, Dotô
Que a flauta tinha
O embaixador dessa cidade
Meu Deus do céu, mas eu saudade que dá
Do velho Pixinguinha.
Veio da terra de Zambi, Sangue de Malêt.
De uma falange do rei Nagô
Filho de Ogun, de Oxisso do Batuquejê
De Benguelê, de Iaô, Rainha Ginga
É que sua avó era africana
A benzedeira de Aruanda, vovó. Vovó Cambinda
Só quem morre dentro de uma igreja
Vira Orixá. Louvado seja sinhô.
Meu santo Pixinguinha.
Ele é de Benguelê
Ele é de Iaô
É do Batuquejê
Ele é do Rei Nagô
É sangue de male
É santo sim senhor.