Meu mate é o rancho compadre, e o gado solto no pasto
É a tropa no campo o cusco no pátio
Meu mate é a carne no fogo, um toco de lenha
É o guacho da ovelha chateando o cavalo
Meu mate é a saudade lambendo a gamela
É onde o violão pergunta por ela
É a vaca do milho depois de dar cria
É rima no ouvido ganhando seu dia
/É o sul na minha cara tirando um costado
E o jeito do pago gostar do que eu faço
Não uso chapéu sem barbicacho
Pra mim o mundéu é um tiro de laço
Enchendo a pealo o meu coração
E a troca de aperos patrão o peonada
Pra mim judiaria é novilha encerradas
É vida alienada mapeando o galpão/
(Eh! de vez em quando, sobra-cavalo
E eu ato na soga o destino)
Int.
Meu mate é um livro um amigo, um pouco de tudo
É a prosa a tardinha com os olhos pro mundo
Meu mate é a mão a palavra um fio de bigode
É a vida tocando do jeito que pode
/ /( )