Um pouco triste cidade adormecida, em um lugar qualquer.
Meio perdido, são várias as calçadas de um bar qualquer.
Um vinho tinto sobre a mesa, alguns poemas tortos sobre amigos mortos.
De repente aquela escuridão, almas separadas, comigo as madrugadas.
Nem tão distante, palavras tão vazias podem me convencer.
E o que seguia, promessas não cumpridas, tentando sobreviver.
Ao meu lado, cada vez mais belos, os mesmos dizeres, vendendo prazeres.
A minha frente sempre a mesma ilusão, me faz lembrar, preciso acordar!
Fiquei sozinho, em pleno meio dia, esperando o entardecer.
Meio calado, nas esquinas da minha vida, com medo de viver.
Fria beleza de um silêncio raro, olhos queimando, cabeça girando.
Em minha mente aquela canção, dizendo assim: enfim o fim?