Eu quero mostrar cantando o brilho da natureza,
eu vejo deus trabalhando no seio dessa grandeza.
Parece uma linda orquestra que Deus maestra com perfeição,
a melodia é a terra e Deus não erra em sua canção,
as notas estão na pauta e pra deus não falta inspiração.
A noite os vaga-lumes parecem o céu no chão,
imitando as estrelas brilhando na escuridão.
A lua também retrata seu rosto de prata clareando o caminho,
o canto de um urutau cruza o florestal ecoando sozinho,
o lobo uivando diz: que ainda é feliz nesse seu cantinho.
A madrugada revela a passarada acordando,
o tiziu faz a capela, um coro com todo bando.
O canarinho responde depois se esconde de um gavião,
também vai entrando em cena a siriema no chapadão,
com seu cantar sem maldade ma traz saudade no coração.
O sol vem rasgando a serra com seus raios avermelhados,
o cheiro sobe da terra do chão que está orvalhado.
As flores eu sei não falam, porém exaltam o perfume seu,
as nuvens formam figuras que são pinturas aos olhos meus,
parece um lindo quadro que é pintado pelas mãos de Deus.
Depois que o dia amanhece, o show ainda continua,
no milho que amadurece os papagaios flutuam.
Dos ninhos vem alegria, pois denunciam que alguém nasceu,
assim é a natureza com sua beleza que não morreu,
e essa grandiosidade é na verdade, um show de deus.