Sei que é comum
Em nosso tempo
Mas não me foge
O pensamento
Dessa vontade louca
De cantar enquanto dormes
Grande cidade
Em profano leito
Arranco notas desse peito
Sem jeito de ninar
Entoo meu canto
Por saber que ainda existe
Em meu sonho acordado
Um modo desesperado
De querer te acordar
Mas se acordares
Não digas nada
Versos e viola enluarada
Escutas
Irá nas horas
Virá nos ventos
Noite afora
Meus sentimentos
Em busca da porta
De quem quero dá
Com todo coração
Essa serenata ao luar