Letra de
Sentinela Nortente

O sol brilha forte no horizonte
No fim do Brasil
E clareia nossa condição
Nossa miscigenação
Nossos totens foram derrubados
Os restos de fé
Nossos brilhos em outras coroas
De marajás longe daqui
Meus olhos negros índios se perdem
Encontram os limites do seu coração
Seus olhos verdes só me desprezam
Mas sinto os olhares de outras nações
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Porque somos apenas planícies
No fim do Brasil
Mas clipeus ardentes observam
Cruzam nosso céu azul
Nossa terra rica ainda fica
Na Ilha de Abril
Que nos vendam como de costume
Nos arranguem o Brasil
Meus olhos negros índios se perdem
Encontram os limites do seu coração
Seus olhos verdes só me desprezam
Mas sinto os olhares de outras nações
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Cadê a tribo, a taba, a tanga
(D)
Olhos nos campos Kourou
Currutelas do Pará
Suriname me me manda muamba
(D)
São José, São Jorge
Vêem tanta coisa atravessar
Até minha namorada Mariajuana
Com toda milonga
Me disse adeus,
Por quê?
Por quê?
Por quê?