Há tanto sangue jorrando lá fora
Sem dar sinais de uma revolução
Entrar pros livros com nenhuma glória
A vida a beira da extinção
No desejo intenso da vida eterna
A morte vive sem pedir permissão
Pulando o muro entrando pela janela
Levando a nossa alma pelas mãos
Mas aqui dentro as coisas são diferentes
Em nossos olhos os brilhos são iguais
O sentimento é um lugar da gente que a gente mesmo faz
Se o nosso tempo se tornou pequeno
E o que era pleno agora não se satisfaz
O sofrimento é um sentimento da gente que a gente mesmo faz
Há tantas vidas querendo uma chance
Há tantas chances pra quem quer viver
Eu só lamento que amar ao próximo se tornou tão démodé
Levando a vida inteira na favela
Não se escolhe uma profissão
Pulando o muro entrando pela janela
Levando tudo com uma arma na mão
Mas aqui dentro as coisas são diferentes
Em nossos olhos os brilhos são iguais
O sentimento é um lugar da gente que a gente mesmo faz
Se o nosso tempo se tornou pequeno
E o que era pleno agora não se satisfaz
O sofrimento é um sentimento da gente que a gente mesmo faz