O ar saturado de fumaça e pó
Nuvens de fuligem vêem-se a olho nu
O mar já não guarda farta vida e mistérios
Sob as negras manchas que lhe roubam o azul
Espécies extintas, outras que agonizam.
Natureza morta sob a visão torta da ganância vil
A fome impera em todo recanto
O fascínio bélico está em qualquer nação
Junte-se a isto o fato de termos a sorte do mundo
Presa a um botão e mais
Arsenais atômicos, letais argumentos
Superando o verbo em nome da paz
Sinais evidentes de que a saga humana
Mórbida, insana, vive dias finais
O apocalipse paira sobre nós
Nenhum Deus por perto Estamos sós
Mesquinhos seres a cumprir o rito
O veredicto quem viver verá Verá
Não há mais tempo para retroceder
A contagem regressiva já esta no ar
Tiranos e servos, algozes e vitimas
No mesmo barco, no mesmo lugar
O apocalipse paira sobre nós
Nenhum Deus por perto Estamos sós
Mesquinhos seres a cumprir o rito
O veredicto quem viver verá Verá