Letra de
Pra Quem Não Vive No Sertão

Já é noite lá fora, aqui dentro o vento sopra pela fresta da janela a luz do lampião.
É um rancho de palha em formato de choupana, sou patrão e sou peão.
Deito e falo pra Deus que estou feliz da vida onde o vento sopra calma a brisa do ribeirão
Logo o galo canta bem ao lado da janela, é hora de pisar no chão.
Já é dia aqui na roça vou coar um cafezinho, acender o fogo a lenha e cozinhar feijão.
No almoço tem fartura, carne seca já no ponto, horta cheia de verdura e um frango no chão.
No curral eu já encontro às vacas esperando, vou tirar um leite pra fazer um queijo bom.
Sou caboclo da fazenda, minha vida é sofrimento,
pra quem não vive no sertão!
Aqui o meu problema sempre tem a solução.
Engarrafamento, só os peixes no ribeirão.
Meu vizinho é o joão-de-barro construindo um lar.
O barulho de sempre é o canto do sabiá.