Letra de
Poema de Banheiro Público

Um mar de rostos estranhos
Deságua ao meu redor
Uma Torre de Babel
Não sei o que é pior
Dizem que cada pessoa
Leva sua própria cruz
Dizem que cada humano
Possui sua própria luz
Que vida ahhhhh
cada um leva? ahhhhh
Queria saber ahhhhhhh
Quanto tempo ainda tem? ahhhhhh
Tem para viver
Tem para viver
Rostos alegres que riem
Por algo que conquistou
Rostos tristes que choram
Por algo que terminou
Rostos, rostos estranhos
Um grande formigueiro
Triste sociedade
Correndo por dinheiro
Mas que curiosidade
Saber da vida alheia
Tenho minha própria vida
Não tem coisa mais feia
Saber dos outros me faz
Sentir um pouco melhor?
Melhor nem tentar saber
Julgar é ainda pior
Alguns só querem saber
Outros olham sem notar
Cada um olha pra si
Pra sua vida levar
Um mundo de aparências
Serve mais pra esconder
Aquilo que nós somos
E o que queremos ser
E o que queremos ser