Eu sou um cão nutrido com ração de gato Chartreux, mora
Macunaíma vivo, mantido por desfibrilador, ora
Tem algum aí de caô comigo, na pele raposa de quem chora
Na iminência de eu ir embora.
Eu sou um boi vestido, rubro, negro e tricolor, cora
Cristão tão protegido pela força bruta xangô, cola
Um antigo computador vencido pra modernidade que não tem hora
Um artista dez, se "Noves fora”
Sou um Pitt tupiniquim carente de dono
Osso duro de digerir, mas fácil de enterrar
Tenho um coração que namora
A desilusão de uma velha senhora
Eu sou um cão doído, se você quiser me adular, bora
Eu to tão condoído, se você quiser me adular, bora