Meu avô ligou no celular
Pra dizer que ia me levar
Pra pescar com ele em Barbosa
Lugar sossegado para descansar
É um ranchinho bem simples sem luxo
Mas eu posso lhe assegurar
É um cenário de rara beleza
Paisagem que existe naquele lugar
Fui pra casa arrumei minha tralha
Aguardando meu avô chegar
Só pensando no rancho de pesca
Eu fiquei ansioso ali esperar
Eu não acreditei na proposta
Quando meu avô veio falar
Que era nas águas do rio Tietê
Que ele me levaria pra gente pescar
Eu falei para o meu avô
Ouça bem o que vou lhe dizer
Eu estive em São Paulo outro dia
E por lá esse rio da até medo de ver
É um esgoto a céu aberto
Nem a água consegue correr
Porém vou aceitar seu convite
Vou lhe acompanhar para não lhe desfazer
Pela estrada do oeste paulista
De repente eu fiquei abismado
Vendo o rio azul e cristalino
Cortando as cidades do interior do estado
Vi as garças pairando no ar
No infinito do céu azulado
Mata verde enfeitando as margens
E os campos floridos de um reino encantado
Quando o dia foi amanhecendo
Nosso barco estava preparado
No primeiro poção que paramos
Logo meu avô já fisgou um barbado
Avistei bando de capivaras
Atravessando o remanso a nado
E as crianças felizes brincando
Na areia branquinha que tem do outro lado
Pra mim foi agradável surpresa
Ver as águas sem poluição
Onde o rio ainda está preservado
E gerando recursos pra população
É o orgulho das autoridades
Competentes da região
Pois não tem como se comparar
O rio da capital com o rio do sertão
Final E A E A