Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!