O bandido e o mocinho são os dois do mesmo ninho
Correm nos estreitos trilhos lá no morro dos aflitos
Na Favela do Esqueleto são filhos do primo pobre
E vão caminhando juntos o mocinho e o bandido
De revólver de brinquedo Porque ainda são meninos
Quem viu o pavio aceso do des___ tino? do des___ tino
Com um pouco mais de idade E já não são como antes
Depois que uma autoridade Inventou-lhes um flagrante
Quanto mais escapa o tempo Dos falsos educandários
Já não são mais dois inocentes Não se falam cara a cara
Quem pode escapar ileso Do medo e do desatino
O tempo que é pai de tudo E surpresa não tem dia
Pode ser que haja no mundo Outra maior ironia
O bandido veste a farda Da suprema segurança
São os dois da mesma safra Os dois são da mesma ilha
Dois meninos pelo avesso Dois pequenos Valentinos