Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Eu trago a paz e a guerra, a terra e o céu
Mário Sérgio Cortella, e o Maquiavel
Trago a necessidade, de ter revolução
Venho com a cena de um menino implorando o pão
Eu trago a escola, que ensina humilhação
Que veste um de roupa cara e o outro não
Eu trago a pátria amada, com muita ostentação
Cheia de obsessão, pela supressão da constituição
Parece até piada, propor reflexão
E pra que voltar ao berço? Fala uns palavrão
O rap esquece que de tempos em tempos precisa voltar ao que é
Vagando vadio sem vacina vai voar com o vento ou vai ficar de pé
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Eu trago a verdade comigo e ela não quer apertar nossa mão
Porque fracassamos com toda essa merda de ocupação sem ter direção
Está indo em bora e disse que volta, quando entendermos o que é inclusão
Quando mudarmos a nossa visão, multiplicar nossa concepção
Quando a polícia te der proteção, quando tua casa não for mais prisão
Quando o não de uma mina for NÃO, quando hospitais não olharem cifrão
Quando os partidos forem p’ro Japão, quando entender o que é religião
Desaprender o que é coação, não se ofender com uma opinião
Pensar as coisas com ponderação, pelo direito de nossa nação
Quando ajudar, sem pretensão, de ser taxado como cristão
E quando toda a nossa expressão de dor e de raiva sumir no verão
Saberemos que o fim de toda extorsão estará escondido na meia estação
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Sou a sequela do racismo que a TV não revela
Sou a menina que escuta que o estupro foi culpa dela
Sou o almoço do menino, um pão mortadela
Eu sou o coito proibido escondido atrás da capela
Sou a vergonha que o país passa com a corrupção
Sou a rua gelada, malvada e sem coração
Sou o herdeiro do trono, que a indigente pariu
Eu sou a voz que te diz p’ra tomar mais um Rivotril
Sou o tapinha nas costas, que a vida nunca te dá
Sou a canção da saudade, que tu não pode cantar
Sou Cândido Portinari, que ninguém sabe explicar
Eu sou a realidade, que ninguém pode encarar
Sou a sagaz falsidade, escondida atrás da comédia
Sou o verbete que não é encontrado no Wikipédia, pode vir
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve
Pátria Amada, idolatrada, salve, salve