Letra de
Parando Rodeio

Vinha parando rodeio costeando a ponta do mato
De pingo alçado no freio lanhado a unha de gato
Chapéu meio desabado de esvoaçar pelos atalhos
E o pala véio esfiapado soltando a franja nos galhos
Quando pego o sol dormindo de riba dos meus arreios
O dia por caborteiro na paleta eu esporeio
(Sou um campeiro do Rio Grande
Vivo entre a terra e o céu
Moro dentro do meu poncho
Debaixo do meu chapéu)
(Intro)
Pois a casco de cavalo faço o tempo escorrer a tinta
Tirando sebo do mato a grito e a berro de trinta
O índio tem que ser rude para agüentar o tirão
E por mais que o tempo mude não muda a lida do peão
Nisso refuga um sinuelo um aspa torta sozinho
E o meu cusco companheiro sai pegando no focinho
(Intro)
Levo a ponta a despacito pra cruzar o rio a nado
Que a tropa na correnteza forceja pra o outro lado
A tropa se vai bufando com o focinho de fora
E eu empurrando a culatra só de sombreiro e espora
Quando pego o sol dormindo de riba dos meus arreios
O dia por caborteiro na paleta eu esporeio
(Intro)