Letra de
Para um Índio

Peço licença senhores, o assunto é triste demais
Relatar sem iniciais, isso cabe aos payadores
Sem dar nem pedir favores, para hastearem a verdade
Pois ao pintar a realidade, ao pé de algum fogão
Se abre todo o coração, para entrar na eternidade
Nos anais xucros da história, há de ficar meu pensamento
Cheios de luz dos momentos, imperecíveis de glória
Retraçando a trajetória, do passado e do presente
Por isso eu canto reverente, neste galpão enfumaçado
O velho chão colorado, e as coisas da minha gente
O velho chão colorado, e as coisas da minha gente
Soy una calhandra gaucha, de mi pueblo guarani
Traigo enancado en el alma, un sapukay guayaki
Una crencia em dios Tupã, y em la virgen de itatí
Canto la tierra onde vivo, mi sueño avañe
Habitado de poesia, de um tiempo imaguaré
Neste rincão onde estou, sobre o teto dos pinhais
Sinto eflúvios ancestrais, de um tempo que não passou
Hordas do meu tetravô, como pedindo um retruco
Estampidos de trabucos, com ameríndia coragem
Fugindo da vassalagem, de gringos e mamelucos
Que será que sentes tu, nessas festanças burlescas
Palhaçadas gauchescas, de palhacescos xirús
Qual um bando de ñandus correndo, de alma convulsa
O coração da terra pulsa, nossos valores indianos
E esses fiascos cetegianos, hão de causar-te repulsa.
E esses fiascos cetegianos, hão de causar-te repulsa.
Soy una calhandra gaucha, de mi pueblo guarani
Traigo enancado en el alma, un sapukay guayaki
Una crencia em dios Tupã, y em la virgen de itatí
Canto la tierra onde vivo, mi sueño avañe
Habitado de poesia, de um tiempo imaguaré
Habitado de poesia, de um tiempo imaguaré
Peço licença senhores, o assunto é triste demais
Soy una calhandra gaucha, de mi pueblo guarani