Raiou Cuara!
Oby aos olhos de quem vê!
Eu bato o pé no chão, é minha saudação,
Livre na pureza de viver!
Sopra no caminho das águas
O vento da ambição!
O índio, então
Não se curvou diante a força da invasão,
Da cobiça fez-se a guerra,
Sangrando as riquezas dessa terra!
Cicatrizou, deixou herança,
E o que ficou está em cartaz
Na passarela, "estado" de amor e paz!
Siriá Carimbó Na ciranda eu rodei!
No balanço da morena Me apaixonei!
O bom tempero pro meu paladar
De verde e branco "treme" o povo do Pará!
A arte que brota das mãos,
Dom da Criação, vem da natureza
Da juta trançada em meus versos
Se faz poesia de rara beleza!
Oh! Mãe Senhora, sou teu romeiro,
Oh! Mãe Mesmo se um dia a força me faltar,
A luz que emana desse teu olhar
Vai me abençoar!
No Norte a estrela que vai me guiar,
Exemplo pro mundo: Pará!
O talismã do meu país,
A sorte da Imperatriz!