Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta
Podem me chamar de panfletária
Podem me dizer que tudo isso é ilusão
Mas creio em toda força proletária
Que acorda às quatro horas pra catar seus três busão
Nem dou moral pra essa gente otária
Que humilha e se acha dona da situação
Sou trans-artista-revolucionária
Sou tudo o que me cabe e sabem que eu digo não
Digo não à hipocrisia, digo não à opressão
Contra todas minorias, nossas irmãs e irmãos
Digo não à tirania desses falsos brasileiros
Que dedicam noite e dia à venda do país inteiro
Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta
Podem me chamar de panfletária
Podem argumentar e invalidar essa canção
E exploram sempre a força proletária
Com novos artifícios e a mesma ilusão
Com ternos e dinheiro os canalhas
Repetem para nós que a vida é competição
Verás que tua filha não é otária
E a resistência é forte contra tua repressão
Eu não quero lidar com aquela gente porca
Eu não quero viver uma vida pouca
Essa apatia, essa rotina morta
Tá me acabando, me deixando louca
Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta
Diante desse caos que se instala
Precisamos entender o que há por trás das balas
Precisamos perceber que a coletividade
É a única maneira de ter de volta a cidade
Fortaleceremos a união entre as irmãs
Vamos construir um dia melhor pra amanhã
E essa construção deve se iniciar agora
Boca a boca espalharemos a palavra da vitória