Descerra as cortinas
Rasgadas.
De meu cantar moribundo.
Espia o meu peito fraco,
Minhas lacunas sem fundo.
Rasga os papéis de seda,
De letras mal desenhadas,
Vaia o meu punho que escorre,
Em frases desajeitadas.
No mar de palavras feias,
Um sopro de furacão,
Lançando tudo pros ares,
As farsas do ator cairão.
Assiste o meu tombo de morte,
No palco da poesia,
Com olhos de tempestade
E olheiras de maresia.
(repete tudo)