De todos os cantos, de cada rincão
Vem chegando os homens de viola na mão
Sobem as barangas do rio Comunhão
E o canto que fazem é como oração
Recolhem do mar, do vento a passar
Das aves um grito parado um luar
O pago cansado de tanto lutar
Encontram a morte em cada lugar
Terra, eu venho de ti
Em busca da paz que tive e perdi
Se o homem não ouve a voz da razão
Talvez ouça um dia a minha canção
A terra e o homem, a força da união
O longe do outro não tem salvação
Só o homem plantar de pés sobre o chão
É o marco de pedra querência e galpão
Por isso que chegam o peão e o doutor
A viola nos braços de cada cantor
Por isso trancamos um grito de dor
Buscando na terra a fé e o amor