Fizeste um gesto que alguém foi copiar,
Um gesto que era apenas meu para dar?
E num instante foste longe no teu jeito de vaguear,
Sem sequer reparar?
De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu?
Pegaste um livro e num momento vulgar,
Tocaste o espaço, fintaste o paranormal?
Subiste o mundo sem olhar para trás,
Num caminho espacial, num gesto em ti banal?
De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu?
Sobra incerto um gesto, que cega e faz tremer,
Num inferno de feroz calor,
Que queima o amanhecer?
Sobre um beijo desfeito entregas sem saber,
O gesto que é meu?
Em tela de água fez-se o tempo parar,