Letra de
O Burro Cor de Rosa

Fora as roupas apertadas
eu vestia um sobretudo
Sobretudo uma casaca
Devagar me estrangulava
Na cidade grande o óleo do motor or,or,or
Dentro da caneca branca
Uma alga luminosa
Fosco de tão nebulosa
E sai das portas de veludo
Me mostrando tudo que o mundo oculta a,a,a
Minha vida é um terremoto e as certezas caem no chão
Monto na motocicleta na garupa o mundo e minha mãe na mão
Longe do caminho de asfalto
No meu burro cor-de-rosa
Canto um canção dengosa
Grito muito, falo alto
Subo no caixote e digo palavrão