Era uma vez
Um rapaz muito acanhado
Nunca vi tanta vergonha
Que tinha aquele coitado
Na casa da namorada
Ele ficava amoado
Não comia e não bebia
Nem a custa de agrado
De tanto a moça insistir
A véia, o véio e os irmão
Ele sentou lá na mesa
Na hora da refeição
Mas quando ele foi servir
A cuié caiu da mão
Ele abaixou pra pegar
O prato caiu no chão
Quase morto de vergonha
Ficou vermeio na hora
Derrubou duas cadeira
Quando levantou pra ir embora
Ele nem pediu descurpa
Saiu correndo pra fora
Arrastou o forro da mesa
Na roseta da espora
Levou o portão no peito
Saiu doido apavorado
Deixou o chicote na sala
Pois o chapéu atolado
Não despediu de ninguém
Deu um salto muito bem dado
Montou de cara pra trás
No cavalo amarrado