Bato a porta devagar, olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida
É o cais, flor do cais, águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida
É o riso, é a lágrima, a expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina, uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira
Mas nun-ca, me esqueci de ti
Não nunca, me esqueci de ti
Eu nunca, me esqueci de ti
Não nunca, me esqueci de ti
Tudo muda, tudo parte, tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão
É a lua fim da tarde, é a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão
Mas nun-ca, me esqueci de ti
Não nunca, me esqueci de ti
Não nunca, me esqueci de ti
Eu nunca, me esqueci de ti
Nunca me esqueci de ti
Não não não não não, nunca, me esqueci de ti
Não não não não não não não , nunca, me esqueci de ti
Não não não não, nunca, me esqueci de ti