O cinza cobre meu nordeste
Meu sertão padece o açude secou
O gado pena da beira da estrada
Não encontrada nada sal é o que restou
O Sertanejo vagueia sem plano
Dar um desengano ver a planta que muchou
Até a asa branca que havia voltado
Num lamento desolado bateu asas e voou
Será que se eu pedir novo
Pra Deus mandar chuva aqui pro meu sertão
De novo Ele mandará água
Que enche e deságua além da precisão
É que eu não quero ver meu Deus zangado
Ser mais um a ter rezado sem boa oração
Virgem Maria acuda meu dilema
Interceda tenha pena faz chover no meu sertão