A saudade me bateu no peito
A lembrança do seu jeito de acolher a quem chegar
De pés descalços na beira do rio
Essa mão que acaricio e começo a dançar
Vou depressa, chegou logo, tô contando as horas
Pois eu guardo na memória um retrato seu
Na igreja vou fazer uma prece
Pra essa vila que, parece, o tempo se esqueceu
Itaúnas
Já me vejo numa noite de lual
E toca um xote, e xoteando eu sigo
Sem correr perigo nesse mundo marginal
Vou pra dunas
Namorar no alto, mais perto de Deus
Gente que vem de todas as cidades
Mas agora é hora de dizer adeus
O paraíso mora lá pro norte
Onde eu tive a sorte de te encontrar
Hoje eu canto amor à Itaúnas
Povo desta terra, chão deste lugar