Sou nó cego sou livre de açoite
Caminho a noite pela beira mar
Sou a Lua que na Madrugada
Ilumina a estrada pro meu bem passar
Sou o vento arredio que bate
Corro em disparate pra te alcançar
Uma estrada que não tem mais volta
Sou rastro de cobra no teu caminhar
Sou o orvalho que banha a noite
A pétala branca de teu doce olhar
Poesia, canto, verso e prosa
A voz que te acalma no seu despertar
Sou semente debaixo da terra
Que espera a água para germinar
Uma vida serena e linda
Pra viver a sina de saber te amar
Saber te amar, saber te amar
Saber te amar, o teu doce olhar!