Cabelos no rosto cobriam o desgosto da pobre Maria
Sozinha na estância quarava suas ânsias e angustia que tinha
Uma velha tapera no pé de uma serra que ela herdou
E o peão que amava na curva da estrada uma cruz lhe deixou
Mateava soli ta olhava afli ta pra um fundo de campo
Talvez assistindo a noite surgindo pra seu desencanto
Num sono profundo se ausenta do mundo e se eleva do catre
Num sonho um peão lhe estende a mão e lhe oferece um mate
Me deixe ver teus olhos prenda minha me mostre teu sorriso prenda minha
Venha cavalgar comigo prenda minha vamos ver o sol se pôr
O ranchinho já deixou de ser tapera e as flores te esperam é primavera
Foram meses, foram anos de esperas pra te dar o meu amor
O dia raiou e a lua levou o sonho de Maria
A realidade só trouxe saudades e vida vazia
Passaram-se os dias e a sua agonia chegou ao fim
Um belo estancieiro tirou o sombreiro e lhe disse assim
Me deixe ver teus olhos prenda minha me mostre teu sorriso prenda minha
Venha cavalgar comigo prenda minha vamos ver o sol se pôr
O ranchinho já deixou de ser tapera e as flores te esperam é primavera
Foram meses, foram anos de esperas pra te dar o meu amor