Mãe, é sério quando escrevo
Não escrevo tudo que quero
Às vezes penso no passo de uma criança
Mas deus me repreende
Luto contra hipocrisia,
Falsa fé, corrupção,
Em favor dos meus
Como atalaia do arraial
Sei que se preocupa
Que eu seja mal interpretado
Não pelos templos quicados
Tropas marchando pra guerra
Homens e mulheres
Que sabem que o evangelho é poder
Profeta da calça larga
Pecador sincero e sem farça
Quando criança corria
Que nem criança pensava
Mãe, nasci profeta e tudo que registro
É compelido pela graça, pelo amor que eu tenho à cristo
Na graça da garça
Sem sujar as vestes
Aprendi viver na fartura, na escassez
Com postura, mas sem ativez
Ele é imutável
Rochedo inabalável em meus lábios
O homem e um cajado
Para abrir o mar
Eu vou avante
Pra que outras gerações tenham noção
O espírito do Senhor está em nós
E a palavra do senhor está na nossa boca