Letra de
Morada

Sei, que não sou aqui deste lugar
Sou espírito errante
Vagando na imensidão
Nesse imenso universo eu vagueio
No desconhecido
Tão desconhecido
De tempo em tempo
Passo aqui, passo acolá
Flutuando em nuvens, estrelas
Tentando me encontrar
Nesses incontáveis pontos
De partidas e chegadas
Despedidas calorosas, abraços afetuosos
Que o tempo não faz esquecer
Ensinamentos e lições
Estão gravados em minha alma
Findando cada passagem
Deixo assim minhas pegadas
Nelas pontos duvidosos e certeiros
Na amplidão do tempo derradeiro
Tempo, verdade
Luz, eternidade
Nelas pontos luminosos e perfeitos
Na decisão de fatos imperfeitos
Sinto não recordar de outras existências
Escondidas, talvez esquecidas
Momento que a mais ampla visão
Não consegui decifrar
Não consegue compreender
Saudades eternas no íntimo de minha alma
Certeza tenho que algo ficou
Retido de outra jornada
Nestas trilhas de estrelas
Flutuando no espaço
No tempo, no rastro
De todos os astros
E nas incertezas
Vou seguindo no trampolim
No sem fim do universo
Pela eternidade
Onde vejo pontos duvidosos e certeiros
Na amplidão do tempo verdadeiro
Tempo, verdade
Busca, eternidade
São pontos luminosos e perfeitos
Na direção de lares e moradas infinitas
Moradas no céu