Deixa o moleque correr, Deixa o menino brincar, Dê asas para voar, Mas cuida pra não se
envolver se vê.
Então registre moleque ligeiro, Está no radinho fazendo dinheiro, Não tem carteira, mas dá o
piloto, Rasgando a favela em cima da moto, Quem vai lhe pegar?
Mais um moleque perdido no beco, Jogava bola descalço, o chão em sua face o fazia feliz,
E nas viagens sonhava em ser Bob Marley, E nas rimas almejava ser o Racionais,
Com os amigos e tal cantando um fundo de quintal, Desandou geral na escola ele anda mal.
E a vida vai voraz, sempre veloz demais, Quantas famílias já perderam a paz,
E a vida vai voraz, sempre veloz demais, Quantos moleques não estão entre agente mais.
E a vida vai voraz, sempre veloz demais, Quantas famílias já perderam a paz,
E a vida vai voraz, sempre veloz demais, Quantos moleques não estão entre agente mais.
Marcas do sofrimento, realidade perversa, Enquanto existem sapatos pisando em tapete persa,
Num mundo globalizado, onde a pobreza nos cerca,
Além de pilantras fardados, que lutam sua própria guerra.
No glamour do crime, molecada ligeira, Bem armada, de campana na subida da ladeira,
Está longe o futuro que reflete a esperança, E sem poder brincar agora já entrou na dança.
Barulho de bala enquanto ele crescia, Em meio ao caos, choro abafado, fazia a sua poesia,
Mostrando a dura realidade de ser quem ele era, Um soldado destemido, um moleque de favela.
vela-vela vela Um moleque de favela-vela vela Um moleque de favela-vela vela
Um moleque de favela-vela vela Um moleque de favela-vela vela
Um moleque de favela-vela vela Um moleque de favela-vela vela
Um moleque de favela-vela-vela-vela Um moleque de favela-vela-vela-vela
Um moleque de favela-vela-vela-vela Um moleque de favela-vela-vela-vela