Um assobio de milonga, uma guitarra ponteada
Sonoridades do campo, de encantar madrugadas
Ecoa um galpão trânqüilo e o assobio chama o cusco
Levanta a orelha e parece achar a nota que busco.
Uma marca bem antiga que há tempos não escutava
Surge na ponta dos dedos, onde será que ela tava?
Decerto veio de longe, da alma ou bem mais além
Do fundo do sentimento daqueles que ainda o tem.
Silêncios eu já não quero e se preciso for, eu invento
Hoje um assobio fez milonga enquanto eu tirava um tento.
A mão de cordas e couros quando precisa se agarra
Rude, trançando uma rédea, mansa, ponteando a guitarra.
Rude, trançando uma rédea, mansa, ponteaando a guitarra.
Sossego, um cusco e um bom mate, o meu galpão é assim
De vez em quando a guitarra canta saudades pra mim
Fazendo a alma encontrar-se com os que mateavam aqui
Dispersa encontra os amigos que o tempo diz que perdi.
E a madrugada se estende querendo já não sair
Esqueço o mundo do campo e toco pra alguém ouvir
Sentido das minhas mãos, sonoridade e feitio
Destino da minha alma, lembrar alguém que partiu
Silêncios eu já não quero e se preciso for, eu invento
Hoje um assobio fez milonga enquanto eu tirava um tento.
A mão de cordas e couros quando precisa se agarra
Rude, trançando uma rédea, mansa, ponteando a guitarra.
Rude, trançando uma rédea, mansa, ponteaando a guitarra.
Rude, trançando uma rédea, mansa, ponteando a guitarra.