Letra de
Milonga de Encilhar Saudade

Apeio, após a lida, em frente ao galpão
E sorvo pensamentos junto ao chimarrão
Proseio ensimesmado e, às “vez” discuto com minha com minha solidão
Maneio o potro xucro, escramuçando anseios
Que volta e meia não aceitam meus arreios
Me pego gineteando o mais maula de todos: essa ilusão
Mas que tristeza é essa?
E vem matear comigo nos finais de tarde
Entra em meu coração com seu jeito manso sem fazer alarde
Mas que tristeza é essa?
E vem matear comigo nos finais de tarde
Entra em meu coração com seu jeito manso sem fazer alarde
Esquento outra água sem trocar a erva
Sem mudar o “eu” por “nós”, não adianta
O mate está lavado e sigo embretado em tua lembrança
A vida quando mostra que uma ausência é forte
Ficamos a la sorte galopando a idade
Então esporeio esse devaneio de pura saudade